Tinha menos de 14 anos quando se cruzou na minha vida “Um estranho numa terra estranha”, de Robert A. Heinlein e a minha relação com os livros e com o mundo não mais foi a mesma.
Este livro conta a história de um homem vindo de Marte que ensinou a humanidade a "grocar" e a partilhar a água. E a amar. Desde então “grocar” entrou não no meu vocabulário mas na minha vida, e não tenho deixado de tentar grocar desde então.
Pouco depois, e na mesma linha, chegou o “Admirável mundo novo”, Aldous Huxley, que também devorei em todos os minutos disponíveis.
“A Selva”, de Ferreira de Castro e o “Ensaio sobre a Cegueira”, de Saramago, já mais tarde, marcaram-me por porem a nu a fragilidade e vulnerabilidade humana. As personagens destas duas histórias vivem momentos extremos e realizam ações que achariam inconcebíveis na sua vida “normal”. A consciência que somos todos capazes de tudo, dependendo das circunstâncias, fizeram-me uma pessoa mais tolerante, menos crítica e, sobretudo, mais apta para sair “dos meus sapatos” e ver os outros por outras perspetiva.
Por fim, uma breve referência à “Nausea”, de J.P. Satre, que me deixou para sempre “só e sem desculpas” e ao “Guardador de Rebanhos”, de Alberto Caeiro, o meu eterno livro de consolação da alma.
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