mar II


Viver na Beira-Mar

Nunca o mar foi tão ávido 
quanto a minha boca. Era eu 
quem o bebia. Quando o mar 
no horizonte desaparecia e a areia férvida 
não tinha fim sob as passadas, 
e o caos se harmonizava enfim 
com a ordem, eu 
havia convulsamente 
e tão serena bebido o mar. 

Fiama Hasse Pais Brandão, in "Três Rostos - Ecos"

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