a matemática em memorial do convento V

Na obra de José Saramago,  Memorial do Convento, fazem-se referências a unidades de medida antigas e "novas" para altura.  Numa breve composição, identifica as unidades de medida mencionadas e os contextos em que surgem. Qual será a correspondência entre as novas e as antigas unidades de medida?

12 comentários:

Unknown disse...

Na obra Memorial do Convento de José Saramago estão presentas duas referências a unidades de medidas antigas e de medidas “novas”, sendo estas ultimas referidas como as medidas do futuro.
As duas referências encontram-se nas páginas 253 e 254, e são feitas por Manuel Milho que se encontra junto à laje para o convento, aquando a chegada desta vinda numa nau da India.
Manuel Milho, que se encontra ao lado de Cheleiros, começa por falar sobre a pedra dizendo que os homens poderiam deitar-se quantos quisessem em cima dela ou ser esmagados por ela, devido ao seu tamanho e descreve-a nas medidas antigas da seguinte forma: “faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos” (linhas 26-28). Diz também que a laje será lavrada e polida e acrescenta as medidas com que ficará: “…ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes,…” (linhas 29-31).
Depois de referir as medidas antigas refere as medidas novas: “…e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros,…” (linhas 31-34).
Podemos então comprovar que trinta e dois palmos equivalem a sete metros, catorze palmos a três metros e três palmos a sessenta e quatro centímetros. Fazendo as contas vemos que um metro equivale a aproximadamente cinco palmos e que um palmo equivale a aproximadamente duas décimas de palmos.
Acrescenta uma comparação das medidas de peso da laje também, como podemos observar no seguinte excerto: “…tome nota, e porque também os pesos velhos levaram o caminho das medidas velhas, em vez de duas mil cento e doze arrobas, diremos que o peso da pedra da varanda da casa a que se chamará de Benedictione é de trinta e um mil e vinte e um quilos, trinta e uma toneladas em números redondos,…” (linha 34 da página 253 à linha 5 da página 254).
Podemos então comprovar que duas mil cento e doze arrobas equivalem a trinta e um mil e vinte e um quilogramas. E que uma arroba equivale a aproximadamente quinze quilogramas e um quilograma equivale a sessenta e oito milésimas de arrobas.
In “Memorial do Convento” de José Saramago, 39ª edição e ISBN 972-21-0026-2.

Ana Ramos 12ºC nº1 disse...

A matemática está presente Na obra “Memorial do convento” , há inclusive referencia a unidades de medidas antigas e de medidas “novas”, como nas seguintes citações:
“faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos” (linhas 26-28). “…ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes,…” (linhas 29-31).
“…quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros,…” (linhas 31-34).
*José Saramago. Memorial do Convento. 52.ª ed. [S.l.]: Caminho. ISBN 978-972-21-0026-7, pag. 253-254


Ana Ramos 12ºC nº1

Beatriz Moreira 12ºC nº4 disse...

O livro “Memorial do convento” e a Matemática estão interligados havendo desta forma, referencia a unidades de medidas antigas e de medidas “novas”, como nas seguintes menções:
“faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos” (linhas 26-28). “…ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes,…” (linhas 29-31).
“…diremos que o peso da pedra da varanda da casa a que se chamará de Benedictione é de trinta e um mil e vinte e um quilos, trinta e uma toneladas em números redondos,…” (linha 34 da página 253 à linha 5 da página 254).
*José Saramago. Memorial do Convento. 52.ª ed. [S.l.]: Caminho. ISBN 978-972-21-0026-7, pag. 253-254


Beatriz Moreira 12ºC nº4

Catarina Quintas 12ºC nº6 disse...

No livro “Memorial do convento” encontramos varias referencias alusivas à matemática, havendo referencia a unidades de medidas antigas e de medidas “novas”, como nas seguintes alusões:
“faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos” (linhas 26-28). “…ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes,…” (linhas 29-31).
“… e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros,…” (linhas 31-34).
*José Saramago. Memorial do Convento. 52.ª ed. [S.l.]: Caminho. ISBN 978-972-21-0026-7, pag. 253-254


Catarina Quintas 12ºC nº6

Paulo Maia nº 18 12ºC disse...

As unidades de medida mencionadas na obra estão presentes nos seguintes excertos:
"Já Álvaro Diogo está contratado, talha por enquanto a pedra que é trazida de Pêro Pinheiro, grandes blocos transportados em carros puxados por dez ou vinte juntas de bois, enquanto outros operários partem com os malhos a outra pedra grosseira que há-de servir
para alicerces, este de quase seis metros de profundidade, metros é o que dizemos hoje, que
então tudo se media a palmos, afinal continua a ser por eles que se medem os homens, os grandes e os pequenos, por exemplo, mais alto é Baltasar Sete-Sóis que D. João V "
- Esta cena fala um pouco da construção do convento de Mafra antes de mudar de assunto para o jantar de família - Página 136

A segunda referência é:
"...faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos,
de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos, e, para ser completa a notícia, depois
de lavrada e polida, lá em Mafra, ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes, e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros, tome nota, e porque também os pesos velhos levaram o caminho das medidas velhas, em vez de duas mil cento e doze arrobas, diremos que o peso da pedra da varanda da casa a que se chamará de Benedictione
é de trinta e um mil e vinte e um quilos, trinta e uma toneladas em números redondos, senhoras e senhores visitantes, e agora passemos à sala seguinte, que ainda temos muito que andar. "
- Neste excerto, é descrita a laje que vai ser usada na construção do convento e verifica-se a conversão de unidades de palmas para metros, e de quilos para toneladas (p 253
Memorial do Convento, 43ª edição ISBN 978-972-21-0026-7

Daniela Costa nº 9 12ºA disse...

Na obra de José Saramago, Memorial do Convento, são feitas referências a duas medidas de comprimento: aos palmos (medida antiga) e ao sistema métrico (medida “nova” ).
No capitulo XII, na pág. 178*, é feita a referência a ambas as medidas no momento do transporte da pedra para a construção do convento: “… a outra pedra grosseira que há de servir para alicerces, este de quase seis metros de profundidade…”.O autor menciona que “metros é o que dizemos hoje, que então tudo se media a palmos”. Ainda neste capitulo, nas págs. 182*,184* e 186* é utilizada pelo autor a medida “nova” : “Benzeu-se a cruz no primeiro dia, enorme pau com cinco metros de altura …”; “…e de largura mais de dois metros. “; “… e sobre a pedra cavada, cinco metros de pau crucificado , a cruz.”
No capítulo seguinte, na pág. 198*, durante a descrição dos preparativos para a procissão do Corpo de Deus, é novamente utilizado o metro: “ …esta colunata de sessenta e uma colunas e catorze pilares, que não têm menos de oito metros de altura, e em extensão excede o arranjo os seiscentos metros… “
No capitulo XIX, na pág. 334*, durante o transporte da pedra-mãe, é dito que “a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos,e, para ser completa a notícia, depois de lavrada e polida, lá em Mafra, ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes, e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros.. “. Com isto o autor dá a conhecer ao leitor que um palmo equivale a aproximadamente 0,22 m, ou seja, 22 cm. Na pág. 353* deste capitulo, José Saramago utiliza a medida usada na altura: “Cedeu finalmente o carro, deslocou-se um ou dois palmos …”
No capitulo XXIII, na pág. 444* o autor opta por utilizar a medida “nova” na descrição das estátuas do cortejo em Fanhões: “… até os mais baixitos, que não chegam a três metros(…) quase cinco metros de altura…” referindo que esta é uma “ medida nossa”.
Mais à frente neste capítulo, nas págs, 453* e 454*, aparece novamente esta medida :“Quase trinta metros de altura será a queda…”; “Dali ao formigueiro são dez metros, menos que vinte passos de homem.”

*José Saramago. Memorial do Convento. 52.ª ed. [S.l.]: Caminho. ISBN 978-972-21-0026-7


Paula Silva nº17 12ºC disse...

As referências das medidas antigas e “novas” na obra de Memorial do Convento, encontram-se no capítulo XIX, nas páginas 253 e 254, onde se fala sobre o transporte da pedra, pedra esta que foi transportada de Pero Pinheiro até Mafra, e é de salientar que aqui o narrador faz sobressair a força e a determinação do povo, elegendo-o como o verdadeiro herói da obra. Nas linhas 26 a 28 encontra-se a referência as medidas antigas “faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos…”, no entanto acrescenta-se que “…lá em Mafra ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes,…” linhas 29 a 31
A referência a medida “nova”, medida essa que é utilizada no nosso quotidiano, encontra-se também na página 253, nas linhas 31 a 34 “…e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros…”.
No entanto, a correspondência entre as antigas e “novas “ medidas serão: “trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes” (medida antiga) que é igual a “sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros” (medida nova), ou seja, 32 palmos corresponde a 7 metros, 14 palmos corresponde a 3 metros e por fim 3 palmos ira corresponder a sessenta e quatro centímetros.
Memorial do Convento , José Saramago, 41ºedição

Raquel Ramos 12ºC disse...

As unidades de medida presentes no ''Memorial do Convento'' são : “… que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos…” “…ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes,…”
“…quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros,…”

Renato Veiga nº27 12ºA disse...

Ao longo de toda a descrição da construção do Convento, e na exaltação do herói – o povo português, há uma vasta referência às dimensões dos vários materiais, evidenciando também, naturalmente, as unidades de medida. Como um exemplo, podemos destacar o transporte da grande pedra da fachada principal que “tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos, e, (...) depois de lavrada e polida, lá em Mafra, ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes”*. Podemos aqui observar uma inequívoca referência a medidas portuguesas arcaicas, vulgo antigas.
Já em “e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros”*, Saramago, remontando a um tempo muito mais remoto ao dele, mostra-nos a conversão desta tal “medida antiga” para o sistema métrico, sistema esse que ainda se usa na atualidade.
Podemos concluir que o autor faz um paralelismo entre a época em que era utilizado como medida o palmo, altura que este não viveu, explicando assim aos leitores que trinta e dois palmos, catorze palmos e três palmos correspondem, respetivamente, a “sete metros, três metros, [e] sessenta e quatro centímetros”*.
Falando agora de medidas de peso, e quando falamos da mesma “mãe da pedra”* supratranscrita, o autor faz-nos mais uma vez o trabalho de traduzir (quando a uma medida que já não é usada faz corresponder uma recente) que “em vez de duas mil cento e doze arrobas, diremos que o peso da pedra (…) é de trinta e um mil e vinte e um quilos, trinta e uma toneladas em números redondos”*. Podemos, então, assumir que Saramago quis de certa forma ajudar-nos a compreender melhor as medidas que já foram, de facto, utilizadas em território português, na altura da chefia de “D. João, quinto do nome na tabela real” – Página 1.

* - Excertos da página 164

Anônimo disse...

Na obra "Memorial do Convento" de José Saramago há referências a medidas (antigas e "novas").
"(...)a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos, de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos" (medidas antigas)
"(...)ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes(...)" (medidas antigas)
"(...)quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros(...)" (medidas "novas")
"(...)os pesos velhos levaram o caminho das medidas velhas, em vez de duas mil cento e doze arrobas, diremos que o peso da pedra da varanda da casa (...) é de trinta e um mil e vinte e um quilos, trinta e uma toneladas em números redondos(...)" (medidas "novas")
(Pág. 253 e 254, capítulo XIX)
Cátia Azevedo nº7 12ºC

Anônimo disse...

Na obra Memorial do Convento de José Saramago, a matemática está interligada, entre outros exemplos, com a referência ás unidades de medidas antigas e medidas "novas", as do futuro.
Palmos é a unidade de medida antiga e o sistema métrico, a medida do futuro. Existe também a transição de arroba para o quilo, embora a arroba continue a ser utilizada.

As referências á medida palmos esta no seguinte excerto :
" (...) acertou-se a tração por alguns segundos e a laje avançou um palmo " (página 338)

Existem alguns momentos da obra em que Saramago opta por utilizar as novas medidas como por exemplo:

"Benzeu-se a cruz no primeiro dia, enorme pau com cinco metros de altura ..." (página 182)

"de largura mais de dois metros ... " (página 184)

No capitulo XII, é feita a referência a ambas as medidas no momento do transporte da pedra para a construção do convento:

"...faça as contas quem quiser, que a laje tem de comprimento trinta e cinco palmos,
de largura quinze, e a espessura é de quatro palmos, e, para ser completa a notícia, depois
de lavrada e polida, lá em Mafra, ficará só um pouco mais pequena, trinta e dois palmos, catorze, três, pela mesma ordem e partes, e quando um dia se acabarem palmos e pés por se terem achado metros na terra, irão outros homens a tirar outras medidas e encontrarão sete metros, três metros, sessenta e quatro centímetros, tome nota, e porque também os pesos velhos levaram o caminho das medidas velhas, em vez de duas mil cento e doze arrobas, diremos que o peso da pedra da varanda da casa a que se chamará de Benedictione
é de trinta e um mil e vinte e um quilos, trinta e uma toneladas em números redondos, senhoras e senhores visitantes, e agora passemos à sala seguinte, que ainda temos muito que andar. "
(página 334)
Aqui José Saramago faz a transição de palmos para metros mostrando a quanto equivale em metros, os palmos da laje, ou seja , por exemplo, trinta e dois palmos são sete metros, catorze palmos são três metros e três palmos são sessenta e quatro centímetros.

É feita também referência á medida arrobas. Esta unidade aparece também na seguinte citação:
" Distraiu-se talvez Francisco Marques (...) fugiu-lhe o calço da mão no preciso momento em que a plataforma desliza, não se sabe como isto foi, apenas que o corpo está debaixo do carro, esmagado, passou-lhe a primeira roda por cima, mais de duas mil arrobas ..." (página 354)

Existe também a referência a outra medida : a légua. Esta está presente em diversos exertos:

"(...)sítios tão opostos e distantes, ordens tão pouco parentes, na distância quase uma légua (...) " (página 29)

"(...) que não tinha valido a pena marchar dez léguas para lá (...)" (página 45)

"(...) vai ter de fazê-la por seu pé, nem é muito, três léguas para lá, três para cá." (página 329)

" Milhares de léguas andou Blimunda, quase sempre descalça (...)" (página 491)

José Saramago. Memorial do Convento. 46.ª ed. [S.l.]: Caminho. ISBN 978-972-21-0026-7


Susana Oliveira 12ºC nº 22

BE Afonso Sanches disse...

Cara Catarina,
Parabéns! Quando referes "um palmo equivale a aproximadamente duas décimas de palmos." cometeste um pequeno lapso que, de certeza, facilmente iras emendar. Contudo, foi a primeira resposta ao desafio e, para já, a mais completa. Até a mesa de leitores das 14:30 de hoje, na Biblioteca da ESDAS, veremos se mantens a liderança deste desafio.
José Santos