Este livro conta-nos a vida de uma criança, cujo pai é militar de Hitler em plena época de extermínio. Pelo olhar inocente de uma criança, aborda um chocante e delicado tema como o holocausto.
Na minha opinião, é um livro sensacional, nada está explícito mas, tudo se encontra implícito quer em palavras ou em gestos. Assim como consegue tratar um assunto tão duro como o extermínio de inocentes, constate-se que retrata o brotar de uma enorme e sentida amizade entre duas crianças de mundos completamente divididos, entenda-se divididos pelas diferenças étnicas e também pela enorme vedação do campo de concentração de Auschwitz, porque até ao momento mais fulcral da história, os separa.
Este livro é um espectacular romance, aconselho fortemente a leitura.
“Se isto é um homem”, encontra-se dentro do mesmo tema do livro anterior, apesar de algum distanciamento relativamente a alguns dos aspectos descritos. Neste livro, é relatada a vida num campo de extermínio. É um livro de cariz autobiográfico onde Primo Levi, um judeu italiano, nos descreve o dia-a-dia de um prisioneiro em Auschwitz que vive na constante incerteza e sobressalto, tendo de adaptar-se à cruel realidade de viver no campo de concentração. Porém, chega a determinada altura onde relata os pequenos gestos que o tornam a ele e aos seus companheiros um pouco mais humanos, pois a barreira entre o humano e o desumano já teria sido há muito quebrada.
Felizmente, conseguiu sobreviver a esta chacina dos nazis, infelizmente ninguém conseguirá apagar as marcas, que para sempre vão ficar na memória deste grande homem.
Excelente obra de um jornalista de investigação que escreve e publica os seus livros sob o pseudónimo António Salas. O jornalista, cuja identidade não está revelada por motivos óbvios, infiltrou-se no movimento neonazi espanhol, tendo sido o primeiro a consegui-lo com sucesso. Todavia, na minha opinião, o escritor foi contra as suas crenças, ideais e para além disso agiu como um verdadeiro cabeça rapada, cometendo as mesmas atrocidades e atraiçoando os supostos amigos que ia conquistando, certamente foi contra todos os seus valores!
Abril 2011,
Rita Azevedo
2 comentários:
Estou a gostar imenso destas 'estantes'!! Boas sugestões de leitura!!
Parabéns, Rita! Como te costumava dizer nas aulas, "ler é compreender". Assim, decerto, estás a desenvolver as tuas literacias... Há quem diga que o verbo ler não tem imperativo, no entanto, eu aconselho-te: Continua a ler!
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